Assassin’s Creed | Crítica

O filme Assassin’s Creed é baseado nos jogos da famosa série de mesmo nome. Mas quero deixar aqui bem claro que é baseado e não igual à história dos jogos. Portanto, a história do filme é sim diferente dos jogos, tornando-o uma sequência com similaridades à série e ao mesmo tempo algo bem diferente. Algumas séries optam por tentar fazer uma adaptação fiel do jogo, e outras (como por exemplo Resident Evil) preferem usar os jogos como base e criar uma história totalmente diferente para o ou os filmes, um universo cinematográfico daquela série.

Dirigido por Justin Kurzel e roteiro de Michael Lesslie, Adam Cooper e Bill Collage . Em seu elenco temos Michael Fassbender (Cal Lynch / Aguilar)Marion Cotillard (Sofia)Jeremy Irons (Rikkin)Brendan Gleeson (Joseph Lynch)Charlotte Rampling (Ellen Kaye)Ariane Labed (Maria)Khalid Abdalla (Sultan Muhammad XII)Essie Davis (Mary Lynch)Callum Turner (Nathan).

Assassin's Creed 01Dessa forma, temos os elementos principais presentes no primeiro filme, como  as facções dos Assassinos, os Templários, a busca que realizam através do Animus (já falarei sobre), as Indústrias Abstergo. Porém são utilizados personagens diferentes tanto no presente quanto no passado para desenvolver o filme. Aqui temos o personagem Callum Lynch (em contrapartida ao jogo que é um barman chamado Desmond Miles) que presencia a morte da sua mãe pelas mãos de seu pai quando garoto, e após muitos anos, quando adulto, encontra-se preso e sentenciado à morte por injeção letal.

Assassin's Creed 05Mas ao invés de morrer, ele na verdade é transportado à uma instalação gigantesca de uma indústria chamada Abstergo que é dos templários. Outra diferença do filme e dos jogos, é quem o leva à esse local e o faz usar o Animus (máquina capaz que “reviver” memórias de antepassados através do DNA de um indivíduo) e com isso acessam as memórias de um ancestral de Callum Lynch: Aguilar de Nerha (que originalmente no jogo era Altaïr Ibn-La’Ahad) que viveu durante a Inquisição Espanhola (sendo que no jogo se passa durante a Terceira Cruzada da Terra Santa). 

Assassin's Creed 07O objetivo dos templários é a Maçã do Éden, similar do jogo, mas que a história segue por outros rumos. Através de inúmeras utilizações do Animus, Callum Lynch acessa as memórias de Aguilar e revive o que aconteceu com ele à fim de descobrir o que aconteceu com a Maça do Éden. À partir desse ponto, acontecem várias situações com outras pessoas na mesma situação que ele e com os que o mantêm lá – o templário Rikkin e  a cientista Sofia, sua filha. Há um choque entre eles, pois querem lidar e abordar o rapaz de diferentes maneiras.

Quanto mais ele é exposto ao Animus, mais vivencia a vida de Aguilar e compreende mais sobre sua linhagem e tanto os templários quanto os assassinos. Isso causa desconforto em outras pessoas mantidas lá e na própria Sofia e seu pai que quer forçar a conseguir o paradeiro do artefato o mais rápido possível.

Assassin's Creed 04Apesar de ser bem diferente do jogo, não me incomodou nada o fato de ser uma vertente diferente e tomar um rumo bem discrepante do que temos no jogo. E foi dado um foco muito bom sobre o passado e principalmente a ambientação, visual e ação que se passam nas memórias de Aguilar são de tirar o fôlego, bem feitas e muito bonitas. A interação dessas cenas com o Animus e como o próprio Callum as revive ficaram muito legais e interessantes. Gostei de como intercalaram as cenas no passado e as do presente. Não fica muito tempo nem em um nem em outro, fazendo uma boa dosagem de cada.

Assassin's Creed 03O rumo que a história toma e encerra-se (sem spoilers aqui), dá abertura para uma continuação e um caminho interessante a se explorar, que não está presente nos jogos, então dá uma boa expectativa de explorar ainda mais o cenário de Assassin’s Creed e de formas totalmente diferentes e novas! Não há muita explicação para aprofundar na história do jogo, o porque de existir tal artefato, nem se é somente um ou há outros, nem de onde surgiram, quem ou o que os fez. Apenas é dito que  existe e que contém o código genético do ser humano para o livre-arbítrio. E que os templários o querem para poder governar os seres humanos, controlar a sociedade; e o credo dos Assassinos existe para proteger o artefato e combater os templários. Fora essas informações, não se diz mais nada. Nem como os templários conseguem localizar os descendentes dos assassinos depois de 500 anos, como no caso do Aguilar e Callum.

Foram poucos detalhes como esses que foram pontos negativos do filme ao meu ver, mas foram pequenos e o filme como um todo foi positivo e achei totalmente válida essa vertente cinematográfica. Vale à pena assistir e se entreter com esse universo dos jogos. Espere ver o que conhece de Assassin’s Creed e também espere ver uma nova história! Visuais muito bonitos, efeitos visuais e especiais muito bons e trilha sonora empolgante. Boas cenas e sequências de ação fazem se prender ao filme e aumentar a adrenalina. Não irá decepcionar aos que gostam de filmes de ação e aventura, e será interessante também aqueles que gostam de filme com referências de períodos e personagens históricos.

Lhes desejo uma ótima imersão na inquisição espanhola e à muita ação com Templários e Assassinos!

Nota-do-crítico-5

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Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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