Cartas de amor à Doom!

Lançado em 1993, Doom era um FPS em um falso 3D (só há a sensação de profundidade) de terror com viés de Sci-Fi. Teve um lançamento estrondoso pelas mãos da iD Software, responsável também pelo primeiro FPS também com falso 3D, Wolfenstein (engine reaproveitada em Doom), e antigamente era exclusivo para PC, mas hoje em dia está disponível para PS1, Xbox, PS2, Micro-ondas, impressora, calculadora, Apple Watch… Sem sacanagem, Doom roda em tudo e foi até usado para fazer propaganda do Windows 95!

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A falsa sensação de 3D de Wolfenstein e Doom.

Doom definiu uma geração de gamers de PC, além de os popularizar (fazendo com que seus sucessores fossem vistos como ‘’Doom like’’) , desde os mais hardcores que receberam um presente de John Carmac, a capacidade de mexer com cada linha do jogo, graças ao open-source e criar seus próprios mapas (e formou uma grande parte dos atuais analistas de sistemas, hackers e outros técnicos em computadores), quanto aos casuais, que de algum modo, conseguiam o disquete do jogo e jogavam durante o expediente do trabalho (orgulhosamente, digo que meu pai jogou Doom e olha que ele nem é chegado em videogames!), além do que conhecemos hoje como multiplayer deathmatch.

Mas sejamos sinceros, não importa quem é John Carmac (aka Cara da engine) ou John Romero (aka cara do design de tudo ali), nem se teve um enredo melhorado (aka Bible of Doom), ou sequer se o game tem uma desculpa, não importa. Importa o primeiro momento onde você tem controle do Doom Guy, onde você tem aquela injeção poderosa de testosterona e o poder pra mandar zumbis possuídos e demônios de qualquer tamanho de volta pro inferno com um rombo. Isso é o que rege Doom de raiz, seja dahora e rip and tear!

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Mas algo que deve ser ressaltado, além da maravilhosa jogabilidade de Doom, são seus fãs. O primeiro Doom já tem 23 anos e mesmo assim, sua vasta legião de fãs ainda fazem mapas e acima de tudo, mod’s e dentre estas, é importante ressaltar que para quem jogou Doom isso são mais que meros mods, são cartas de amor a um jogo que merece esse sentimento, que trilhou o caminho para que hoje, o FPS pudesse ser um dos gêneros de jogos mais abrangente no mercado.

Conhecido no cenário de programadores de mods de Doom como SgtMarkIV, sendo este um brasileiro da cidade de São Paulo, vinha à algum tempo fazendo o Brutal Doom v20, apesar de ter lançado o v19 e o v18 que continha alguns problemas, foi com o v20, lançado em 4 de Junho de 2015, que Brutal Doom revitalizou o antigo game e o tornou ainda mais… Brutal?

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Xingamentos, mira como nos jogos atuais, controle da mira com o mouse, melhor definição de armas, cenários, inimigos, aumento na dificuldade, execuções, capacidade de ter um partner marine como você, armas com novo design, mais sangue, desmembramento, uso de duas armas ao mesmo tempo (no caso, a metralhadora e a Plasma Gun), novas animações de mortes, músicas refeitas e mais pesadas, tripas voando e mais sangue pingando, Brutal Doom v20 é tudo que os fãs de Doom precisavam para sentir novamente, o prazer de dilacerar demônios no solo de Marte! Agora, de um jeito totalmente novo e já para quem está acostumado com os FPS atuais, além de seu download ser gratuito!

(Qualquer semelhança do Brutal Doom ao novo Doom, não é coincidência)

E  mais: uma dupla de bolivianos, Juan Carlos e Felipe Porcel criaram não um mod, mas um game indie em pixel art de Doom, sendo este o MiniDoom. Consistindo de um mini Doom Guy, correndo pelas fases e matando mais demônios, usando o GameMaker. Apesar do visual agradável é extremamente difícil, sendo muito bem feito e extremamente divertido, exigindo habilidade e agilidade do jogador. Apesar de não poder pausar o game, sendo que isso reseta o save, o que é EXTREMAMENTE PROBLEMÁTICO!

No final, Doom ainda é uma pérola moderna que ainda vale a pena ser jogado, sendo considerado, Top 100 dos Melhores Jogos De Todos os Tempos.

PS: Aceito doações de um PS4 + DooM <3

Nerd: André Arrais

Pseudo-Cult, apreciador de café, ama quadrinhos como ninguém, rato de biblioteca, gamer casual, não sabendo tirar selfie desde sempre e andando na contra mão dos gosto populares. Finge é cheio de testosterona, mas vive rodeado de gatos. Esse é o meu design.

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