Hush e o silêncio dos filmes de Terror…

Fala Khalasar, beleza?

Há algumas semanas assisti ao filme HUSH. E vou te contar: a premissa do filme é boa! Aliás, é boa não… é ótima! E te conto mais: o filme estava me conquistando! Eu estava acreditando que finalmente estava assistindo a algo significativo como não via há anos no gênero. Até que, claro, brochei.

E com isso eu quis aproveitar pra fazer uma crítica, não só ao filme, mas também a essa mania que o cinema criou nos últimos anos de nos fazer perder o tesão pelos filmes de terror.  É basicamente sempre a mesma coisa: eles vendem uma história que tem tudo pra dar certo, e resolvem ferrar com tudo, nos detalhes. Ah os detalhes… já dizia uma velho ditado: o diabo está nos detalhes.

Hush por exemplo, é um dos estilos de terror que mais gosto: o real! Como assim o terror real? Explico: é aquele tipo de filme que pode realmente acontecer! Aquele que te faz pensar: caraca, isso podia acontecer comigo, aqui na minha casa!

Tudo bem que eu nunca moraria numa casa no meio do nada, tendo apenas 1 vizinho próximo… mas tem doido pra tudo né? E tem gente por aí que vive assim. Então é possível. E aí temos a história da querida Maddie Toung (Kate Siegel), uma autora que vive isolada  em uma dessas casas no meio do nada. E Maddie possui uma característica que é o que permite a maior tensão do filme: ela é surda.

Em um nem tão belo dia Maddie tem o terrível azar de um psicopata resolver se divertir pelas redondezas da sua casa (mas olha, um lugar isolado nem é ser alvo pra alguém assim né?). E toda a trama gira em torno do maluco perseguindo a autora, e ela tendo que se virar (muito mais do que qualquer um) para se manter viva, afinal fugir de uma maníaco já não é fácil, imagine fazer isso sem ouvir nada!

hush killer maddie

Tá vendo? A premissa é legal! Muito mesmo! O filme consegue te prender, principalmente nas cenas que simulam como Maddie se sente. E tudo iria bem até que… calma! Não vou te dar spoiler do filme (não exatamente). Mas se tem algo que realmente me deixa decepcionado é quando transformam o vilão em um super-humano! E, infelizmente, o filme comete esse pecado.

Em uma cena X, Maddie se fere (muito), mas ela também consegue ferir o seu perseguidor. Mas, enquanto Maddie passa o filme todo sofrendo com esse ferimento, para o seu rival parece que foi apenas um cortinho feito com uma folha de papel. E acredite, isso tira toda a veracidade da trama. E não tem como explicar o acontecido: ele está com adrenalina a mil? Ela também está (talvez até mais do que ele). Ele é homem!? Ah, vá… mulheres suportam muito mais dor do que qualquer homem (qualquer dorzinha de cabeça me derruba! Quero ver aguentar certas cólicas menstruais que várias guerreiras por aí passam!).

Mas Carlos, é só isso? Sim e não! É que devido a esse detalhe, eu fiquei me perguntando: se fosse pra deixar ele assim, porque raios mostrar uma cena que ele se machuca? Era só ele não ter se machucado, inferno! E são esses tipos de detalhes que fazem produções tão promissoras se tornarem, por muitas vezes, piadas.

why-god-why

Sinceramente não consigo citar um filme MUITO bom de terror pelo menos nos últimos 5 anos. Invocação Do Mal, talvez seja o melhorzinho (bem inho mesmo). Os dois últimos que realmente me fizeram vibrar foram Jogos Mortais (1) e O Albergue (1).

Devido a esse tipo de detalhe é que sinto que os filmes de terror estão cada vez mais ficando em silêncio, assim como Maddie: com tanta imaginação, mas sem conseguir externar tudo. Ah, e quase me esqueço: o filme te faz esperar por um personagem que bem… provavelmente deve ser algum parente do diretor que implorou pra fazer uma ponta.

Mas de qualquer maneira, é melhor do que a maioria dos últimos anos.

Isto fica feliz em ser útil!

Nota-do-crítico-3

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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