Fala Khalasar, beleza?
Já deu pra perceber em outros posts que sou um fan boy da Telltale. Aliás, admiti isso no post sobre The Wolf Us.
E agora venho para falar de mais um título feito pela empresa: Back To The Future (De Volta Para o Futuro). É um jogo que antecede “The Walking Dead“, e por isso mesmo percebe-se algumas diferenças no que foi implementado a partir de TWD.
Essas diferenças não fazem o jogo ser pior ou melhor, apenas diferente mesmo. Mas vejo como “De Volta Para o Futuro” e “Jurassic Park” (que já comprei, mas ainda não joguei) como um grande aprendizado para Telltale chegar as suas obras primas.
Algo que acho genial no que a empresa faz é como criam uma história inserida no contexto de uma obra já existente, sem interferir ou gerar implicações na história principal, a qual poderia provocar problemas e deixar “fios soltos”.
E em “De Volta Para O Futuro”, eles tiveram uma ideia brilhante! Eu fiquei me perguntando antes de jogar: “O que será que eles criaram? Vai ficar meio estranho se criarem personagens novos (como foi em TWD), ou até mesmo um delorian novo, vai fugir muito do conceito da história do cinema.”
E pra minha surpresa (e felicidade), os criadores tiveram a ideia genial de fazer o jogo como se fosse um “De Volta Para o Futuro 4”! Durante todo o jogo você tem referências de várias coisas que aconteceram nos 3 filmes e isso faz com que você situe muito bem em tudo o que está rolando, e também não precisa ficar apresentando os personagens principais (salvo os que não existem na trilogia, mas estes são muito bem construídos aos poucos).
A história criada é MUITO boa! Digna para dar continuidade a trilogia cinematográfica, o que mostra que a Telltale sempre se preocupou com isso. Não vou contar o que rola (porque você merece jogar e descobrir), mas posso dizer que é muito gostoso ver como cada ação que Marty McFly faz muda todo o rumo da história já conhecida. E além disso é legal demais ver o doutor Emmet Brown na sua juventude (Great Scott!) e como os Tannen sempre foram… os Tannen (Biff é até o melhorzinho deles).
Os gráficos do jogo também são bem diferentes do que é apresentado em TWD e TWAU. Mas, como já disse, isso não faz ser melhor ou pior. Na verdade, os gráficos funcionam muito bem, combinando com o que é mostrado nos filmes (uma ficção científica com humor). Iria ficar um tanto quanto destoado se os gráficos fossem como os de TWD, com aqueles traços de desenhos realistas. Claro, devemos lembrar que “Back To The Future” veio antes, logo os gráficos não poderiam ser os mesmos.
Uma outra diferença é que cada episódio do jogo, é um jogo a parte. Ou seja, você pode jogar cada um deles, sem ter jogado o outro.
Ah, e eu já disse que Christopher Lloyd reprisa o seu papel no jogo também? Pois é, temos o cientista original! E o cara que faz a voz do Marty (AJ Locascio) tem a voz idêntica a de Michael J. Fox!
Maaaaaass… a vida (e os jogos) não é feita só de coisas boas. O jogo tem alguns probleminhas, que me irritaram (muito em algumas vezes). Você pode receber dicas enquanto joga, mas se você for teimoso como eu, vai tentar se utilizar disso o menos possível. Mas vez ou outra VAI precisar apelar, porque em algumas ocasiões por mais que você se esforce e até saiba o que fazer, a jogabilidade não ajuda muito. As mudanças automáticas de ângulos dificultam na escolha na interação com os objetos.
Um outro probleminha, é a que o jogo te deixa a falsa impressão que a história será conduzida baseada no que você escolher, mas isso não acontece. Porém diferente de TWD, não existe realmente um aviso informando que “a história é contada baseado nas suas escolhas”. Mesmo você tendo muitas opções de respostas, acaba percebendo que para conseguir continuar, sempre existe uma resposta “certa” que dá continuidade em tudo.
Apesar desses detalhes, vale muito a pena jogar, ainda mais para quem é fã da trilogia. Eu paguei apenas R$2,50 na PSN, pois estava como assinante PS+ (antes do problema irritante que está acontecendo com os cartões de crédito na PS Store).
