Nostalgia: Os 40 anos de Rocky 2 – A Revanche

Para quem achava que as continuações no cinema são coisas da Hollywood atual, devia saber mais sobre este mercado: após o sucesso de público, crítica e de premiações de Rocky – Um Lutador, de 1976, era normal esperar que essa história continuasse.

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O filme venceu o Oscar de Melhor Filme, contra pesos pesados (sem trocadilhos) como Taxi Driver e Rede de Intrigas, levou Stallone ao status de astro que ele tem até hoje e ainda é um dos filmes mais rentáveis da história do cinema: custou 1 milhão de dólares e faturou 225 milhões no mundo inteiro.

Gerou moda, franquia e, se temos dois filmes de Creed hoje, tudo começou lá atrás, nos anos 1970.

E a continuação, Rocky 2 – A Revanche, gerou muitas expectativas, embora apresente o roteiro óbvio: após a luta entre Rocky Balboa e Apollo Creed, não era difícil adivinhar que teria uma revanche.

Desta vez o filme é dirigido pelo próprio Stallone e embora o orçamento aqui tenha claramente aumentado (7 milhões), vemos aqui, basicamente, a mesma história do primeiro filme, mas com um ponto de vista diferente.

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Com o cachê de sua luta contra Apollo, Rocky consegue um certo prestígio e uma vida melhor para Adrian (que está esperando um filho). Seu médico o recomendou não lutar, pois ele perdeu a visão periférica após a luta e decide abandonar os ringues. É chamado para fazer alguns comerciais, que não dão certo e sem estudo, só consegue trabalhos braçais.

Com vários projetos que não deram certo, Rocky não vê outra saída senão voltar às lutas e Apollo Creed a desafia para uma revanche nos ringues.

Rocky 2 acerta como um filme dramático, a relação entre Rocky e Adrian está muito mais intensa, já que eles agora são uma família de fato e embora a presença dela tenha diminuído com o passar dos filmes (pois é!), a química entre Stallone e Talia Shire é inegável.

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Outro personagem muito bem desenvolvido é Mickey, treinador do Rocky, praticamente como uma relação paternal, Burgess Meredith é dono dos melhores diálogos do filme – isso em um longa que se perde em diálogos expositivos e pautados no sucesso do filme anterior.

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O filme perdeu a chance de explorar melhor o Apollo Creed, relegado a alguns poucos momentos, a poucas frases e, claro, à esperada luta final.

Aliás, a luta é muito bem coreografada, filmada e montada. Tanto que, mesmo para quem já conhece o resultado final, ela fica igualmente tensa e impactante. Além do mais, em quase todos os filmes da franquia Rocky, a jornada vale mais do que o resultado.

Há outro momento memorável em Rocky 2, que é a sequência do treinamento de Rocky, que desta vez é seguido por uma multidão de crianças gritando seu nome e o acompanhando até a escadaria do museu de arte.

São momentos para qualquer fã da franquia e do cinema como um todo, guardarem na memória e por mais que este esteja longe de ser o melhor da saga, jamais deve ser ignorado, muito menos desprezado.

Isso se levarmos em conta que uma década depois veio a pérola chamada Rocky 5.3 vidas

Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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