They alive, dammit! Females are strong as hell

E ao final, toda a loucura de Unbreakable Kimmy Schmidt até que faz sentido. No dia 19 de maio chegou ao catálogo da Netflix a muito aguardada (ao menos por mim) terceira temporada da série criada por Tina Fey e Robert Carlock. O retorno de Kimmy, Titus, Lillian e Jacqueline mantém características marcantes da série, discute questões socialmente importantes e integra aos episódios críticas sociais pertinentes. Devo dizer primeiramente que não consigo nem ao menos cogitar pular aquela abertura.

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O plot principal da temporada traz Kimmy decidindo que rumo seguir após terminar o supletivo. O crescimento da personagem no decorrer das três temporadas pode ser notado. O espectador evolui junto com a personagem que ainda está descobrindo todo um mundo novo e como se relacionar com ele. Kimmy se prova forte mesmo frente aos seus medos e quando necessita ir atrás do que quer.

4Jacqueline é outro exemplo de evolução. De esposa troféu por opção, tornou-se alguém com convicção, disposta a lutar por suas causas e com um coração capaz de amar de verdade, não baseada em aparência ou conta bancária. Esse significativo avanço é bastante presente nessa temporada. O arco dramático de Titus explora as falhas de caráter e o egocentrismo exacerbado do personagem, ensinando lições e buscando torná-lo alguém mais altruísta. O conflito de Lillian é explorado de uma maneira que leva a personagem a questionar seus conceitos e preconceitos, encarar fantasmas do passado e descobrir que existe uma infinidade de possibilidades para ela nesse mundo ao qual ela se mostra resistente em aderir.

 

Considerando as temporadas anteriores, já era esperado um roteiro de maior peso em comparação com outras séries do gênero, mas a 3terceira temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt superou minhas expectativas e pode facilmente superar as suas. Tratar de críticas sociais e questões mais profundas em uma comédia pode ser uma tarefa desafiadora, mas que baseado na temporada, foi solucionada de maneira bastante apropriada. Assistindo, fui confrontado rindo de algumas situações ou diálogos, mas ao mesmo tempo comecei a pensar sobre aquela questão ali discutida. O feminismo, o altruísmo, a hipervalorização da imagem externa do indivíduo, as relações entre pessoas de idade mais avançada são alguns dos assuntos trabalhados no decorrer da temporada.

 

2O humor presente no roteiro e a dinâmica dos personagens são valorizados em cenas e até mesmo episódios que se propõem a retratar a situação e a reação dos personagens em relação a um fato do cotidiano, que muitas vezes passa desapercebido por nós, assumem a posição de um tópico completamente novo. Isso inclusive leva à reflexão sobre críticas sociais que já conhecemos vista por um novo ângulo de trabalho.

 

A série de Kimmy Schmidt tem seu maior destaque num roteiro inteligente, onde o espectador pode dar grandes risadas além de parar para pensar em assuntos de certa maneira polêmicos, mas tratados de maneira cômica consegue estimular reflexões menos densas do que é usual ver no cotidiano. Agora é esperar muito ansioso para a chegada da quarta temporada.

Nota-do-crítico-5

 

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Nerd: Gabryel Oliveira

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